Desmistificando o Greenwashing e o Greenhushing

Índice de Gaps de Sustentabilidade 2023 avalia como as empresas comunicam e praticam a sustentabilidade

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Índice de Gaps de Sustentabilidade 2023 avalia como as empresas comunicam e praticam a sustentabilidade

Duas práticas que podem afetar a imagem e o desempenho das marcas estão em foco: o greenwashing, que envolve a promoção exagerada das ações ambientais, e o greenhushing, que é a omissão de investimentos em sustentabilidade. A consultoria Brand Finance criou o Índice de Gaps de Sustentabilidade 2023 para avaliar o alinhamento entre a percepção do público e o desempenho real das empresas nessas questões.

Segundo a consultoria, as maiores marcas do mundo correm o risco iminente de perder bilhões de dólares se a percepção de sustentabilidade não estiver em sintonia com suas práticas reais, o que afeta a opinião do público e a imagem da empresa.

Lançado pela primeira vez no Fórum Econômico Mundial em Davos deste ano, o Índice de Percepções de Sustentabilidade também revelou que para muitas das empresas mais valiosas do mundo, aprimorar ações relacionadas a ESG (Ambiental, Social e Governança) e a forma como comunicam essas iniciativas pode resultar em um significativo valor financeiro adicional.

Avaliando a divergência entre Percepção x Realidade das Marcas

A Brand Finance realizou uma reavaliação de cada marca, levando em consideração seu desempenho em questões ESG, com base em dados da CSRHub, uma agência de banco de dados privada dos Estados Unidos que fornece acesso a informações sobre sustentabilidade e RSC (Responsabilidade Social Corporativa). Os valores resultantes, juntamente com as Pontuações de Percepção de Sustentabilidade (SPS) destacadas no mais recente relatório do Sustainability Gap Index, revelam se a percepção do público está alinhada com o desempenho real de cada marca.

“Nossa pesquisa revela que quando o desempenho supera a percepção, existe a oportunidade de gerar valor rapidamente, comunicando de forma mais eficaz o compromisso genuíno da marca com a sustentabilidade. Por outro lado, quando a percepção supera o desempenho, o valor está em risco iminente, pois as marcas estão sujeitas à reação do público e a uma possível correção em seu valor percebido em sustentabilidade”, explicou Robert Haigh, Diretor de Estratégia e Sustentabilidade da Brand Finance.

Um exemplo notável é a Tesla, que apresenta uma disparidade entre seus investimentos reais em sustentabilidade e a percepção desses investimentos. Embora seja reconhecida como pioneira em veículos elétricos e tecnologia de baterias, a imagem da Tesla claramente influenciou as percepções dos consumidores globais. A marca detém a maior proporção de seu valor sustentado por percepções de sustentabilidade (26,9%), resultando em um Valor de Percepções de Sustentabilidade de US$ 17,8 bilhões. No entanto, embora a Tesla tenha um forte desempenho em questões ambientais de sustentabilidade, sua governança e medidas de sustentabilidade social são avaliadas como mais fracas, de acordo com as pontuações CSRHub. Isso, portanto, coloca um valor em risco de até US$ 4,1 bilhões, mais do que qualquer outra marca avaliada.

Por outro lado, a Microsoft se destaca com o maior valor positivo de diferença, conforme apontado pela pesquisa da Brand Finance, chegando a US$ 1,5 bilhão. Isso significa que seu desempenho em sustentabilidade supera a percepção pública, abrindo uma oportunidade para a empresa gerar até US$ 1,5 bilhão através de uma comunicação mais eficaz de suas iniciativas e serviços sustentáveis.

Fonte: Os riscos do greenwashing e do greenhushing (fdc.org.br)

Jaque Hübner Jaqueline Hübner

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