Histórias Indígenas ocupa o museu paulistano com a riqueza das linguagens e etnias, do passado aos dias atuais
O ponto alto da programação anual do Masp, dedicada à produção artística dos povos originários, acontece com a estreia da megaexposição coletiva Histórias Indígenas nesta sexta-feira, 20 de outubro. A mostra ocupará o primeiro andar e o segundo subsolo do museu paulistano até fevereiro de 2024. Realizada em parceria com o Kode Bergen Art Museum na Noruega, para onde seguirá no próximo ano, esta exposição reúne um total de 230 obras de 150 artistas indígenas. As obras abrangem várias mídias, tipologias, origens e períodos, desde o período anterior à colonização europeia até o presente, representando povos da América do Sul, América do Norte, Oceania e Escandinávia.
A curadoria da exposição reflete a abordagem plural e inclusiva da mostra, reunindo curadores do México, Canadá, Austrália, Noruega, Nova Zelândia e Peru, além dos curadores adjuntos do Masp, Edson Kayapó, Kássia Borges Karajá e Renata Tupinambá.
“Quando se fala de arte indígena, todo mundo acaba pensando nas mesmas coisas, sempre com um recorte etnográfico. Nesta mostra, a gente está pensando na nossa ancestralidade, mas a partir do presente,” explica Kássia Borges Karajá. A curadora revela que selecionou artistas que “não são estrelas”.
Apesar de seu alcance internacional e diversidade temporal, o projeto não busca ser totalizante nem enciclopédico. A exposição será dividida em oito núcleos e apresentará trabalhos comissionados e inéditos, incluindo obras de artistas como Olinda Tupinambá e Miguela Guarani. A ideia é ampliar a variedade de linguagens e etnias para proporcionar a mesma oportunidade a todos.
Local: Masp, Avenida Paulista, 1.578, São Paulo; @masp. De 20/10 a 25/02/2024.
Fonte: https://vogue.globo.com/cultura/noticia/2023/10/masp-historias-indigenas.ghtml